A Escetamina Intranasal (Spravato®) é uma inovação no tratamento da depressão resistente e da ideação suicida aguda. Com ação rápida e mecanismo distinto dos antidepressivos tradicionais, é aprovada pela ANVISA e pelo FDA. Na Clínica Sinapta, oferecemos esse tratamento com segurança, excelência técnica e suporte integral na unidade de Porto Alegre.
A escetamina é um enantiômero da cetamina, ou seja, uma versão molecularmente específica da substância, que apresenta maior potência e menos efeitos colaterais dissociativos. Trata-se de um anestésico dissociativo, aprovado pela FDA em 2019 para o tratamento da depressão resistente. Diferentemente dos antidepressivos tradicionais que atuam nas monoaminas (como serotonina e noradrenalina), a escetamina atua principalmente no sistema glutamatérgico do cérebro.
A escetamina funciona como antagonista dos receptores NMDA (N-metil-D-aspartato), promovendo um aumento na liberação de glutamato, o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central. Isso estimula a ativação dos receptores AMPA, resultando em uma rápida melhora nos sintomas depressivos.
Além disso, o tratamento com escetamina também modula vias importantes da neuroplasticidade, como o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro) e a via mTOR, que desempenham papéis cruciais na formação de novas conexões neuronais, consideradas essenciais para a recuperação do humor e da cognição em pacientes deprimidos.
A escetamina é indicada para pacientes com depressão resistente ao tratamento — definida como a falha em obter resposta satisfatória após o uso de pelo menos dois antidepressivos diferentes em doses adequadas — e também em situações de ideação suicida aguda, onde a rapidez de ação é vital.
O tratamento é feito por meio de aplicações intranasais, inicialmente realizadas duas vezes por semana. Com o tempo, a frequência pode ser reduzida para uma vez por semana ou a cada duas semanas, conforme a resposta individual do paciente.
Cada dispositivo de spray nasal contém 28 mg de escetamina, sendo comum iniciar com 56 mg e, se necessário, aumentar para 84 mg, sob supervisão médica. A administração ocorre em ambiente clínico controlado, e o paciente deve permanecer em observação por, no mínimo, duas horas após o uso, para monitoramento de possíveis efeitos colaterais imediatos.
Protocolo de aplicação:
- Sessões semanais ou quinzenais, conforme resposta clínica;
- Aplicação intranasal em ambiente médico supervisionado;
- Monitoramento por pelo menos duas horas após cada sessão, com avaliação depressão arterial e quadro clínico geral.
Os efeitos adversos mais frequentemente relatados incluem:
É recomendado que o paciente evite dirigir ou operar máquinas nas horas seguintes à aplicação, e deve estar em jejum de duas horas para alimentos sólidos antes da sessão. O acompanhamento médico contínuo é fundamental para avaliar a eficácia e a segurança do tratamento.
Estudos clínicos de alta qualidade demonstram que a escetamina reduz significativamente os sintomas depressivos em curto prazo. Uma meta-análise de Wang et al. (2021) indicou melhora estatisticamente significativa na Escala de Depressão de Montgomery-Åsberg (MADRS) já nas primeiras semanas de uso, mesmo em pacientes com ideação suicida.
Outras pesquisas indicam que a escetamina reduz a taxa de recaída em pacientes que alcançam remissão estável e pode ser uma estratégia eficaz de manutenção, quando combinada com antidepressivos orais.
- Aplicação na unidade de Porto Alegre, em ambientes preparado e com equipe treinada;
- Monitoramento individualizado com escalas psicométricas e protocolos de segurança;
- Avaliação inicial e acompanhamento também disponíveis por telemedicina em todo o Brasil;
- Integração com psicoterapia, TMS e farmacogenética para uma abordagem completa e personalizada.
A escetamina marca um novo paradigma no tratamento da depressão, especialmente nos casos refratários aos antidepressivos tradicionais. Sua ação rápida, aliada a um perfil de segurança aceitável em ambientes controlados, oferece esperança para pacientes com sintomas graves e persistentes. No entanto, seu uso deve ser sempre realizado com acompanhamento psiquiátrico especializado, respeitando protocolos clínicos rigorosos.